terça-feira, 19 de outubro de 2010

Semana de Jornalismo integra alunos, egressos e profissionais de comunicação


Discutir assuntos referentes a áreas do jornalismo é essencial para a construção do futuro profissional de comunicação

A Semana de Jornalismo ocorrida nos dias 16, 17 e 18 de setembro reuniu acadêmicos, alunos, profissionais e egressos num clima de integração e expectativa. A Semana possibilitou aos presentes conhecer realidades como o cotidiano profissional de Cláudio Dutra, chefe de reportagem da EPTV Sul de Minas.

Através de casos reais, Dutra contou sobre os bastidores de reportagens investigativas, o dia-a-dia das redações durante a cobertura eleitoral e evidenciou que o jornalista precisa pensar mais na prestação de serviço à população. “Nós precisamos ter a preocupação de dar meios para a população se informar. O grande desafio da imprensa é estimular o povo a conhecer as pessoas que vão votar. Os jornalistas fazem um grande serviço mostrando reportagens que denunciam a vida de candidatos como o caso de Sergio Naya”.

Após a explanação de Dutra, na noite de 16/09, os ex-alunos Ana Paula Lambert e Carlos Manoel Laurindo lançaram o livro-reportagem Capoeira, Fragmentos de Vida. O livro destaca-se por ser pioneiro em registrar o trabalho de capoeiristas de Cambuí. “É um prazer poder voltar aqui, mostrar nosso trabalho e motivar outros alunos seguirem o mesmo caminho”, diz Laurindo.

A segunda noite da Semana de Jornalismo teve como convidado o professor doutor Rafael Almeida Evangelista, pesquisador do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que falou sobre jornalismo científico e as diversas áreas de atuação do comunicador especializado em ciências. Evangelista enfatizou que o objetivo do jornalismo científico é estreitar os laços entre o cotidiano das pessoas e o conhecimento específico. “É muito importante discutir esse tema dentro das universidades, porque cada vez mais a sociedade está inserida na tecnologia e os assuntos científicos são pautas de grande impacto, como por exemplo, discutir o funcionamento da urna eletrônica, os trangênicos, a clonagem e afins.”

Ao final da noite de sexta-feira foi exibido um vídeo comemorativo aos 22 anos do curso de jornalismo produzido pelos alunos do curso de extensão em telejornalismo orientado pela professora Hellen Morais. O vídeo mostrou por meio da produção dos atuais acadêmicos, os alunos e ex-alunos atuantes no mercado, a qualidade do curso oferecido pela Univás e os diversos campos de trabalho do profissional de comunicação graduado em jornalismo.

Durante a manhã de sábado, dia 18, os alunos conheceram a realidade profissional do professor de fotografia Seiji Hiraide, premiado diversas vezes pela Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom), que falou sobre o mercado de trabalho do fotojornalista. Hiraide destacou que jornalista precisa ter a visão da notícia e não apenas apertar um botão. “O fotojornalista também precisa pautar, pesquisar e desenvolver a visão do leitor. A fotografia precisa passar o máximo de informação possível através da imagem, respeitando a editoria do veículo. Além disso, o fotógrafo precisa ter sintonia com o jornalista.”

Com o tema Jornalismo na sociedade da informação, o professor Carlos Alberto Zanotti encerrou a manhã de palestras de sábado. Ana Luiza Fernandes, aluna do 6° período, afirmou que o professor motivou os alunos a enfrentarem o mercado de trabalho por meio de um diferencial. “Zanotti nos mostrou a importância de ser um bom formador de opinião, desde a foto ao texto. Por isso precisamos mostrar que somos capazes de revolucionar, fazer um jornalismo sério e de qualidade.”

Em seguida, alunos, professores e ex-alunos participaram do 3° Encontro de Egressos do Jornalismo. Para a ex-aluna Gisele Rodrigues Viana, 25, o Encontro estreita os laços entre futuros e profissionais da área de comunicação. “O encontro de egressos é muito importante pra memória do curso, além disso, os novos alunos podem ver como está o mercado de trabalho e há uma troca de experiências.”

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Redes Sociais invadem horário de trabalho


As facilidades de comunicação e interação oferecidas por sites como Orkut, Facebook, Twitter ou ainda programas como MSN e Skype, exercem sobre as pessoas uma atração quase irresistível. Estar em contato com pessoas de diversos lugares, comunicar-se sem custo algum e de forma rápida é o que atrai a maioria dos seguidores de redes sociais. O grande perigo que ronda os "Orkuteiros" de plantão é seu uso durante o horário de trabalho que pode resultar em demissão por justa causa, caso o dono da empresa perceba a queda na produtividade do funcionário.

            A empresária Márcia Ferreira, dona de um escritório de advocacia conta que quando sua secretária usava a internet para entrar em contato com os próprios advogados do escritório não via problemas, mas confessa a mudança de opinião “minha secretária deixa de cumprir seus afazeres para ficar no Orkut ou no MSN. As vezes o papo está tão animado, que ela deixa de me atender, de dar informação correta ao cliente e demora para cumprir alguma solicitação do escritório.”

            Ela considera o mundo virtual um grande atrativo para distrair o funcionário que acaba não priorizando seus compromissos com a empresa “quando o funcionário deixa o serviço para dar prioridade ao lazer ou a inutilidade, como fofocas, por exemplo, pode ser extremamente prejudicial para a empresa."
            Márcia constata que a eficiência de seus funcionários está caindo cada vez mais por conta do mal uso das redes sociais “já perdi um processo no INSS por falta de arquivo de um documento essencial para sua execução por conta da falta de atenção de um funcionário que estava ocupado utilizando o Facebook.” Depois do ocorrido, Márcia diz que está pensando em bloquear alguns sites para melhorar a eficiência e rendimento de seus funcionários.

O setor público já possui a Lei 8112/90 que alerta o servidor público a não fazer uso particular de recursos públicos, ou seja, utilizar a internet para fins pessoais. Mas, mesmo não sendo servidor público, a utilização da internet durante o horário de trabalho pode ser visto como descumprimento de regras, desde que a empresa deixe claro até onde o funcionário pode ir. Se o empregado trabalha oito horas diárias e passa duas horas navegando no Facebook ou conversando no Skype, ele estará dedicando 25% de sua produtividade para redes sociais. 

            A secretária executiva, 24, que prefere ter seu nome resguardado, dedica cerca de uma hora por dia a sites de relacionamento durante o expediente e afirma que na empresa em que trabalha não há um controle dos acessos a sites pelos funcionários, mas todos são orientados a não utilizar o MSN e o Orkut "meu chefe não aprova o uso desses sites durante o trabalho. Ele alega que se perde muito tempo com distrações na internet e isso dificulta o andamento do trabalho e o rendimento diminui."

            Mas, para a secretária a liberdade no uso da web é um incentivo, um sinal de que a empresa confia no rendimento e na produtividade do funcionário sem que pra isso, seja necessário uma proibição de sites. "Com a liberdade no uso dos sites diversos assuntos podem ser resolvidos de forma eficaz e econômica, e ainda tem o fator da descontração, que pode funcionar como uma motivação profissional ou mesmo como um momento de relaxamento." Apesar de concordar com o acesso as redes sociais durante o horário de trabalho, ela ressalta que o bom senso por parte do funcionário é imprescindível para que ele não tenha problemas futuros dentro da empresa "para isso, o funcionário deve seguir uma postura ética, utilizando os sites de forma controlada.", conclui a secretária.