segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Redes Sociais invadem horário de trabalho


As facilidades de comunicação e interação oferecidas por sites como Orkut, Facebook, Twitter ou ainda programas como MSN e Skype, exercem sobre as pessoas uma atração quase irresistível. Estar em contato com pessoas de diversos lugares, comunicar-se sem custo algum e de forma rápida é o que atrai a maioria dos seguidores de redes sociais. O grande perigo que ronda os "Orkuteiros" de plantão é seu uso durante o horário de trabalho que pode resultar em demissão por justa causa, caso o dono da empresa perceba a queda na produtividade do funcionário.

            A empresária Márcia Ferreira, dona de um escritório de advocacia conta que quando sua secretária usava a internet para entrar em contato com os próprios advogados do escritório não via problemas, mas confessa a mudança de opinião “minha secretária deixa de cumprir seus afazeres para ficar no Orkut ou no MSN. As vezes o papo está tão animado, que ela deixa de me atender, de dar informação correta ao cliente e demora para cumprir alguma solicitação do escritório.”

            Ela considera o mundo virtual um grande atrativo para distrair o funcionário que acaba não priorizando seus compromissos com a empresa “quando o funcionário deixa o serviço para dar prioridade ao lazer ou a inutilidade, como fofocas, por exemplo, pode ser extremamente prejudicial para a empresa."
            Márcia constata que a eficiência de seus funcionários está caindo cada vez mais por conta do mal uso das redes sociais “já perdi um processo no INSS por falta de arquivo de um documento essencial para sua execução por conta da falta de atenção de um funcionário que estava ocupado utilizando o Facebook.” Depois do ocorrido, Márcia diz que está pensando em bloquear alguns sites para melhorar a eficiência e rendimento de seus funcionários.

O setor público já possui a Lei 8112/90 que alerta o servidor público a não fazer uso particular de recursos públicos, ou seja, utilizar a internet para fins pessoais. Mas, mesmo não sendo servidor público, a utilização da internet durante o horário de trabalho pode ser visto como descumprimento de regras, desde que a empresa deixe claro até onde o funcionário pode ir. Se o empregado trabalha oito horas diárias e passa duas horas navegando no Facebook ou conversando no Skype, ele estará dedicando 25% de sua produtividade para redes sociais. 

            A secretária executiva, 24, que prefere ter seu nome resguardado, dedica cerca de uma hora por dia a sites de relacionamento durante o expediente e afirma que na empresa em que trabalha não há um controle dos acessos a sites pelos funcionários, mas todos são orientados a não utilizar o MSN e o Orkut "meu chefe não aprova o uso desses sites durante o trabalho. Ele alega que se perde muito tempo com distrações na internet e isso dificulta o andamento do trabalho e o rendimento diminui."

            Mas, para a secretária a liberdade no uso da web é um incentivo, um sinal de que a empresa confia no rendimento e na produtividade do funcionário sem que pra isso, seja necessário uma proibição de sites. "Com a liberdade no uso dos sites diversos assuntos podem ser resolvidos de forma eficaz e econômica, e ainda tem o fator da descontração, que pode funcionar como uma motivação profissional ou mesmo como um momento de relaxamento." Apesar de concordar com o acesso as redes sociais durante o horário de trabalho, ela ressalta que o bom senso por parte do funcionário é imprescindível para que ele não tenha problemas futuros dentro da empresa "para isso, o funcionário deve seguir uma postura ética, utilizando os sites de forma controlada.", conclui a secretária. 

Um comentário:

Edna Motta disse...

Esta é uma matéria PP! ótimaa
Bacana o blog!
Parabéns e persista!
Jornalista blogueira e twitteira!
Beijos