terça-feira, 1 de junho de 2010

Itajubá Rugby quer popularizar o esporte


Poucos sabem, mas ha um ano e meio, Minas Gerais conta com mais um incentivo ao esporte regional: a seleção de rugby de Itajubá.


O rugby é um esporte de conquista de território e de contato entre os jogadores, muito parecido com o futebol americano, praticado em campos semelhante aos de futebol. Existem dois tipos de partidas. A sevens que são sete jogadores em cada time e dois tempos de sete minutos. E o tradicional, com 15 jogadores em cada time com dois tempos de 40 minutos. As equipes são formadas por jogadores com posições, funções e características físicas diferentes, com o objetivo de marcar pontos, chamados de try. Os jogadores são classificados de acordo com seu físico: os forwards são geralmente mais pesados e fortes e os backs são mais leves e velozes.

O esporte não exige força nem estrutura física, mas conta com a agilidade no passe da bola, característica fundamental do jogador. O atleta corre e dribla segurando a bola em suas mãos, podendo chutá-la para frente, mas quando quiser passar a bola a um companheiro, este deve estar para trás de seu corpo durante o ataque.

O jogador habilidoso que sabe dominar e controlar o passe da bola é sempre destaque do time, pois a velocidade e precisão dos passes são um dos principais determinantes do ritmo e da tática do jogo.

O Itajubá Rugby nasceu da iniciativa de cinco pessoas de difundir e popularizar o esporte e assim começaram os treinos. “Durante um ano nós treinamos com poucas pessoas, mas agora, nós estamos ganhando reconhecimento e temos um time com 20 pessoas.” Conta Osmar Coelho Faria, 23, capitão do time.

A seleção não conta com um treinador fixo, mas recebe auxílio, base e instrução do pró-reitor de pós-graduação da UNIFEI, Renato Lima que conheceu o esporte na Europa e incentiva os alunos da instituição a pratica. Os treinos são realizados todas as quartas e sábados com preparação física individual e repasse de conceitos e regras realizados por Faria. “Eu compro livros e assisto vídeos na internet pra tentar formar os jogadores e trazer sempre um conhecimento novo para treino estudando fundamento por fundamento do esporte.”

O rugby é o segundo esporte coletivo mais praticado no mundo. É o terceiro evento esportivo mais visto, perdendo somente para Copa e para as Olimpíadas.

Faria lamenta que o esporte não seja muito conhecido no Brasil. Ele acredita que as pessoas não se interessam muito, pois acreditam que seja um esporte violento. “As pessoas acham que tem que ser forte e violento para jogar, por isso é difícil achar quem se interesse pelo esporte.” Para Faria, esse preconceito formado no Brasil é culpa da mídia que só reproduz imagens agressivas e violentas do esporte. “Em um ano e meio eu nunca me machuquei sério.” defende Faria.

No futebol é preciso ser habilidoso e ter o domínio das técnicas, já no rugby é necessário ter vontade de ganhar e ter força em lutar pela posse da bola. Nesse esporte o desejo de vitória é mais evidente do que a habilidade. “Nenhum esporte tem o espírito de equipe que o rugby tem. No futebol muitas pessoas falam mal do juiz e brigam com ele. No rugby só o capitão do time responde pela equipe e há muito respeito.”

O Itajubá Rugby já participou duas vezes do TUSCA – Torneio da Universidade de São Carlos, que ocorre todo ano em setembro. A seleção de Itajubá disputou com atletas da UNICAMP, da USP e da UFSCAR. Faria conta que o nível dos jogadores que a seleção de rugby de Itajubá enfrentou é muito maior do que o deles. “O que me motiva é que essas seleções começaram como a gente, por isso não desistimos e participamos dos campeonatos. As pessoas têm visto nossa evolução e nós vamos melhorar muito ainda.”

No mês de junho a seleção de rugby de Itajubá participará, na cidade, de um campeonato contra a UFFRJ a UFF. “Nós estamos esperando esse campeonato pra mostrar o que é o esporte e desmistificar a visão violenta do jogo, tirando a impressão negativa e popularizando o esporte.”

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